segunda-feira, 28 de julho de 2014

Letramento? Alfabetização?


Dissociar os conceitos letramento e alfabetização é, no mínimo, uma tarefa arriscada quando a intenção é a de fazer a mais concisa explicação para os dois termos. Pelo fato de serem práticas escolares, e essas se encontrarem em constante reconstrução, deparamo-nos, nesse sentido, com múltiplas ideologias voltadas ao processo de ensino-aprendizagem que ambos representam, e que, de fato, não nos vem ao caso neste momento.

É de nosso interesse, porém, conhecer a noção de letramento para assim compreendê-lo dentro do processo de ensino de línguas estrangeiras e, também, não confundi-lo com a alfabetização nesse contexto. 
  
O termo alfabetização se refere ao processo de ensino-aprendizagem responsável pelas técnicas de ler e escrever, onde o aluno passa a reconhecer as letras, escrevê-las, formar palavras e pronunciá-las. Já o termo letramento, apesar de ainda não fazer parte de nossos dicionários, tem um sentido à parte dessas técnicas, e está envolvido com o uso da escrita e da leitura como prática social. Dessa forma, a importância em letrar está em desenvolver no aluno a capacidade de utilizar, em situações reais e cotidianas, ambas as habilidades comunicativas aprendidas e que, no decorrer do processo de letramento, com o auxilio desse conhecimento, passe a atuar como um leitor autônomo na construção de sentido de textos e contextos.

Com essas definições, torna-se muito mais fácil entender a relação possível entre as práticas de letramento e o ensino de línguas estrangeiras.

Para atender a proposta das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná – LEM (PARANÁ, 2008) e alcançar o nível ideal na formação de leitores ativos, o letramento caminha em direção às necessidades comunicativas do aluno e, dessa forma, ajuda-o no seu desenvolvimento cognitivo, linguístico e social.


Carlos Rodrigo de Oliveira. 
Acadêmico do 4º ano de Letras/Espanhol.

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