Dissociar
os conceitos letramento e alfabetização é, no mínimo, uma tarefa arriscada
quando a intenção é a de fazer a mais concisa explicação para os dois termos.
Pelo fato de serem práticas escolares, e essas se encontrarem em constante
reconstrução, deparamo-nos, nesse sentido, com múltiplas ideologias voltadas ao
processo de ensino-aprendizagem que ambos representam, e que, de fato, não nos
vem ao caso neste momento.
É de
nosso interesse, porém, conhecer a noção de letramento para assim compreendê-lo
dentro do processo de ensino de línguas estrangeiras e, também, não confundi-lo
com a alfabetização nesse contexto.
O
termo alfabetização se refere ao processo de ensino-aprendizagem
responsável pelas técnicas de ler e escrever, onde o aluno passa a reconhecer
as letras, escrevê-las, formar palavras e pronunciá-las. Já o termo letramento,
apesar de ainda não fazer parte de nossos dicionários, tem um sentido à
parte dessas técnicas, e está envolvido com o uso da escrita e da leitura como
prática social. Dessa forma, a importância em letrar está em desenvolver no
aluno a capacidade de utilizar, em situações reais e cotidianas, ambas as
habilidades comunicativas aprendidas e que, no decorrer do processo de
letramento, com o auxilio desse conhecimento, passe a atuar como um leitor
autônomo na construção de sentido de textos e contextos.
Com essas
definições, torna-se muito mais fácil entender a relação possível entre as
práticas de letramento e o ensino de línguas estrangeiras.
Para
atender a proposta das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná – LEM
(PARANÁ, 2008) e alcançar o nível ideal na formação de leitores ativos,
o letramento caminha em direção às necessidades comunicativas do aluno e,
dessa forma, ajuda-o no seu desenvolvimento cognitivo, linguístico e social.
Carlos Rodrigo de Oliveira.
Acadêmico do 4º ano de Letras/Espanhol.
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